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Criminalista conta como consegue conciliar a rotina de triatleta com o trabalho

Por Rafa Santos (ConJur)

Correr, nadar, pedalar e comandar um dos grandes escritórios de Direito Penal Empresarial do país. A rotina do advogado Leonardo Avelar dá uma nova dimensão ao bordão repetido por 11 entre dez criminalistas: ''A defesa não para''.

Em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, ele explicou como consegue conciliar a rotina de advogado com a de um triatleta.

A paixão de Avelar pelo esporte começou antes do interesse pelo Direito.

''Eu nasci na cidade de Santos, que era conhecida como a capital nacional do triatlo. Era época da Fernanda Keller, que é um ícone do esporte. Havia muitas competições e eu sempre assistia. E me perguntava: como que esses caras conseguem nadar, pedalar e correr? Tomei gosto e comecei a treinar. Passei no vestibular e vim fazer faculdade em São Paulo, mas nunca larguei os treinos'', contou ele.

Quando estudante, Avelar acordava às 5 da manhã e treinava ciclismo. Na hora do almoço, nadava, e após a faculdade costumava voltar para casa correndo. ''Faz 25 anos que eu acordo às 5 da manhã'', resumiu.

Apesar dos bom desempenho no esporte, a atividade principal de Leonardo Avelar é comandar a banca que leva o seu nome

Tanto foco rendeu frutos. Avelar já foi campeão paulista de triatlo, vice brasileiro e completou quatro vezes o temido Ironman, composto por nada menos do que 3,8 quilômetros de natação, 180 de ciclismo e uma maratona (42,195 quilômetros).


Avelar se dedicou ao triatlo de forma competitiva por 25 anos, em mais de 200 competições. E se engana quem pensa que sua rotina ficou mais amena depois que fundou sua própria banca. Em uma semana normal, ele costuma treinar 12 horas, divididas entre corrida, natação e ciclismo. Só que em alguns momentos a vida de criminalista coloca um limite ao atleta.

''Já aconteceu muitas vezes de me ligarem no meio do treino. E aí não tem jeito. Tem de parar. Quando o telefone de um criminalista toca às 6 da manhã é sempre um assunto sério."

Segundo ele, a rotina no esporte é seu escape do cotidiano da advocacia criminal. ''Aprendi muito com o esporte. Sobre consistência e fazer o que tem de ser feito sempre. Todo dia. Se eu ganhar uma prova, vou achar ótimo, mas amanhã tenho de treinar novamente. Se ganhar um caso no Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, é a mesma coisa. Lindo. Ótimo ganhar. Só que amanhã tenho de me dedicar com a mesma intensidade. Tudo de novo. Isso eu aprendi com o esporte e me faz querer competir até ter uns 80 anos."

 

Texto publicado originalmente em ConJur.

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